A educação é uma das coisas mais importantes que os pais podem dar aos filhos. O ideal é se prepararem para ter boas condições de sustentá-los, com planejamento familiar – quantos filhos e quando – disponibilidade emocional, paciência e tempo livre.
Conceitos da educação financeira que, se passados de forma natural desde cedo, vão se consolidando na criança:
Caro e barato em relação ao preço justo.
Querer é diferente de precisar.
Os preços podem aumentar e abaixar.
Hoje podemos o que ontem não era possível.
Há passeios divertidos longe do shopping center.
As tarefas domésticas são parte normal da vida e responsabilidade de todos.
Consistência e honestidade contam muito.
Há diferentes classes sociais que vivem realidades distintas.
Os adultos trabalham e trocam o seu talento / tempo / esforço por dinheiro. Depois trocam esse dinheiro por comida no supermercado.
Cuidar bem do material escolar, dar valor ao que tem e não desperdiçar.
A semanada e a mesada são excelentes instrumentos de educação financeira. Estimule a criança a tomar decisões e deixe que ela cometa pequenos erros e se arrependa. Reserve uma parte para coisas mais caras e outra para doações. Mostre noções de vendas, investimentos, negociação e empreendedorismo.
Você tem passado pouco tempo com seus filhos e sente-se culpado. Sabe que presente algum substitui presença e que uma convivência afetuosa e divertida é mais leve para você e para o seu bolso. Mas tenta compensar com coisas materiais quando na verdade os pequenos preferem os seus abraços, brincadeiras e refeições juntos.
Quanto mais você terceirizar a criança com “especialistas” contratados, menos ela se desenvolve e amadurece. Ela será superprotegida e depois estará despreparada para a vida real. A convivência com amigos e familiares é mais benéfica, ainda que imperfeitos (exceto em caso de problema grave).
Pais e cuidadores consumistas ou avarentos sempre influenciam. A criança pode tornar-se escrava do luxo ou mesquinha. Nossa própria relação com o dinheiro e seus desequilíbrios ficarão evidentes. Precisamos lidar com isso e construir o padrão de consumo da família a cada fase dos filhos e dos pais.
Andréa Voûte