BOA FORMA FINANCEIRA
Andréa Voûte
Assim como a comida, o dinheiro é uma “coisa” com a qual temos de nos relacionar a vida toda, querendo ou não, sabendo ou não; portanto vamos tornar esse relacionamento o melhor possível?
Sentir-se gordo em relação aos magros e sentir-se fora de forma diante dos saudáveis começa a preocupar. O mais importante é o que fazer com essa preocupação – culpar-se a cada mordida, sofrer a cada despida, ou reagir positivamente, por exemplo, começando uma dieta alimentar e um programa de exercícios? Vamos fazer um check-up financeiro, olhar de frente nossa realidade, nossos números. Detectados os excessos, as doenças e as carências, é hora de mexer-se. Assim como não há reeducação alimentar sem controle de alimentos e bebidas, do peso e de preferência até das medidas, adivinhe como funciona a educação financeira?
Como eu ganho meu dinheiro, quanto eu ganho, de quem e quando? Aproveitamos para questionar cada detalhe da receita e se é possível melhorá-la. Pensando no que é ganhar bem, o que é ser rico na minha concepção, analisando a carreira, as oportunidades e as crenças a respeito do dinheiro e do lado material da vida, perceberemos que muitos problemas financeiros vêm de questões mal resolvidas em relação à receita. É importante saber com que gasto o dinheiro e conhecer as minhas necessidades, luxos e desperdícios. Quais são as prioridades entre presente e futuro, qualidade e quantidade, poupança e consumo, generosidade e benefício próprio?
Racionalizar os gastos é bem mais complexo do que simplesmente sair cortando tudo o que não é essencial, é como comer com qualidade satisfazendo a fome e, de vez em quando, aproveitando um banquete. Com o passar do tempo, vamos percebendo que é mais importante cultivar os pequenos hábitos do dia a dia do que as grandes e doloridas intervenções radicais feitas esporadicamente, que podem ser evitadas se determinados hábitos forem praticados. Pequenas economias, que formam poupanças (aparentemente) lentas, pode ser o começo de um milagre da prosperidade. Da mesma forma que a gula não é saudável, a abstinência não contribui para a saúde. Poder mas não conseguir usufruir do próprio dinheiro, ganho honestamente com o trabalho, é uma pena, viver dia e noite pensando economizar em cada centavo e sacrificar completamente o presente em nome do futuro, só se for por uma fase.
Para minha dieta financeira ficar mais vitaminada, que informações eu devo buscar? E para ganhar força, resistência e novos contornos, que exercícios eu devo fazer?
Invista sempre em sua educação financeira, pois ela afeta a sua qualidade de vida. É gostoso comer bem, às vezes saborear uma sobremesa, ou até dizer não para ela no auge do autocontrole, mas tudo dentro de minha dieta, que eu mesma escolhi.